O Parlamento Inglês possui suas raízes nos tempos medievais, onde na Inglaterra vigorava uma heptarquia dividida em diversos condados e estes, por sua vez, eram divididos em média em 10 vilas, onde cada uma possuía aproximadamente 10 casas. A reunião para resolver conflitos entre os condados era chamada de Shire Moot, onde cada condado enviava quatro dos seus melhores homens para os representar diante do Xerife e do Bispo a fim de criar leis comuns, dando origem à Casa dos Comuns. Já a reunião dos sábios do rei, chamada de Witanagemot, deu origem à Casa dos Lordes. Com a unificação da Inglaterra para fazer frente às invasões vikings, os ingleses centralizam seu sistema jurídico. Já com a tomada viking e a posterior conquista normanda, há uma centralização crescente de poder nas mãos do monarca, que só será “barrada” com a assinatura do rei da Magna Carta, pressionado pelos barões em 1215.
Após a Guerra das Duas Rosas (1455-1487), há uma reorganização política, social e religiosa da Inglaterra. Os conflitos entre católicos e protestantes vão se estender entre a dinastia Tudor e Stuart fazendo com que o Parlamento, cuja Câmara dos Comuns era composta por burgueses, pequenos proprietários rurais, puritanos e presbiterianos, e cuja Câmara dos Lordes comportava principalmente o Alto Clero Anglicano e a Alta Nobreza, se posicionasse contra as iniciativas absolutistas dos reis em questão. Dessa forma eclode a “Revolução Puritana” com a ascensão da figura de Oliver Cromwell, a restauração do reinado dos Stuart e a posterior Revolução Gloriosa (1688) com a assinatura da “Bill of rights”. Portanto, há então uma proeminência fixa do Parlamento no país, mantendo sua estrutura quase que intacta até os dias atuais.
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