A sociedade feudal era composta pelos camponeses (trabalhadores), nobres (guerreiros) e pelo clero (sacerdotes). Dentro de cada segmento/ordem social havia diversas divisões. Entre os camponeses nós tínhamos os vilões, os habitantes das vilas, muitas vezes com maiores privilégios sociais; os aldeães, que moravam na aldeia do senhor e trabalhavam para ele em troca de comida; os servos dos domínios, que trabalhavam nos campos do senhor o tempo todo e os servos fronteiriços, que possuíam pequenos arrendamentos de terra à orla da aldeia.
Já os nobres podiam ser condes, chefiando administrativamente um condado, um marquês, que cuidava de regiões na fronteira, as marcas, os barões da baixa nobreza, cavaleiros, duques dentre outros títulos nobiliárquicos que quase sempre estavam ligados a defesa militar da região, do feudo e/ou do Estado, sem contar nos próprios reis. A relação de suserania e vassalagem se dava entre esta classe, criando inúmeros laços de fidelidade, de honra e de ajuda mútua em casos de batalhas e conflitos. Já os sacerdotes eram todos aqueles envolvidos com as ordens eclesiásticas católicas, desde o papa, os cardeais, bispos até os padres, frades e monges. De forma bem estruturada, onde cada um sabia exatamente o que fazer, essa ordem se manteve durante muito tempo até o começo da Baixa Idade Média, onde uma classe nova surgiu: os burgueses, compostos de comerciantes, artesãos e camponeses enriquecidos. Com as guerras e uma visível falha dos nobres em proteger as cidades e os feudos, os camponeses começaram a se revoltar e a estrutura medieval começou a tomar outros contornos, ainda mais com a criação dos Estados Nacionais, a fim de centralizar o poder para proteção dos burgos em ascensão. Isso tudo não seria possível sem a introdução das moedas, dos bancos e dos contatos do Ocidente com o Oriente promovidos pelas Cruzadas.
O comércio começou a se expandir e o sustentáculo da sociedade feudal, que era a posse de terra, deixou de ser a única fonte de maior riqueza. Nem a classe sacerdotal saiu ilesa: já profundamente degastada socialmente com a cobrança de indulgências e posse de riquezas em contrapartida à miséria do povo, teólogos inconformados lutaram contra os erros eclesiásticos e políticos, culminando na Reforma Protestante em 1517.
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